O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM)
completou, no dia 8 de abril, 27 anos de existência. O órgão tem a missão de lutar pela
igualdade de direitos para as mulheres e minorias sociais, monitorar e fiscalizar as políticas públicas para as mulheres.
A presidenta do CMDM, a advogada Lucineide de Mendonça Freire, assumiu a presidência em 2010. O colegiado é formado por 20 conselheiras (10 da sociedade civil e 10 oriundas dos órgãos da administração municipal) e desenvolve trabalhos em várias frentes. Lucineide explica que o CMDM acompanha mulheres vítimas de violência doméstica, presta serviços de assessoria jurídica e cobra ações efetivas em várias áreas como saúde e segurança.
O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher do município de Natal foi reconhecido pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, órgão vinculado a Secretário Especial de Políticas da Mulher do Governo Federal, como uma referência em todo o Brasil. Para Lucineide, isso mostra que o CMDM desenvolve um trabalho de qualidade, contribuindo de forma direta nos avanços obtidos pelas natalenses durantes todos esses anos.
A presidenta do CMDM, a advogada Lucineide de Mendonça Freire, assumiu a presidência em 2010. O colegiado é formado por 20 conselheiras (10 da sociedade civil e 10 oriundas dos órgãos da administração municipal) e desenvolve trabalhos em várias frentes. Lucineide explica que o CMDM acompanha mulheres vítimas de violência doméstica, presta serviços de assessoria jurídica e cobra ações efetivas em várias áreas como saúde e segurança.
O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher do município de Natal foi reconhecido pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, órgão vinculado a Secretário Especial de Políticas da Mulher do Governo Federal, como uma referência em todo o Brasil. Para Lucineide, isso mostra que o CMDM desenvolve um trabalho de qualidade, contribuindo de forma direta nos avanços obtidos pelas natalenses durantes todos esses anos.
Mesmo com tantos anos de história de atuação na capital potiguar, a presidente
lamenta que muitas cidadãs natalenses ainda não conhecem a existência do
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
“Estamos trabalhando para ampliar
nossas atividades e levar o trabalho do conselho para mais e mais mulheres. A
nossa luta não pode parar”, frisou Lucineide.
O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Natal funciona de segunda a
sexta das 7h da manhã às 13h, na Av. Jaguarari, 4070.
Fonte: Prefeitura Municipal do Natal
Discurso lido no Dia Internacional da Mulher (8 de março de 2013)
Peço
permissão a todas e todos para ler uma poesia de Schuma sobre as mulheres, intitulada Essas
Fonte: Prefeitura Municipal do Natal
Discurso lido no Dia Internacional da Mulher (8 de março de 2013)
Boa tarde. Quero agradecer a
presença de todas e de todos, neste fim de tarde que pretendemos tornar
agradável.
Permitam-se discorrer
brevemente um pouco da história do conselho, que foi criado pelo então prefeito
Garibaldi Alves Filho, em abril de 1986,
tendo sido oficializada sua instalação quando da posse das primeiras
conselheiras em 08 de setembro do mesmo ano.
Em 05 de março de 1990, através
do Decreto 4.071, a então prefeita Wilma Maia de Faria criou a medalha do
mérito “Nísia Floresta”, destinada a instituir o prêmio simbólico às mulheres
que, por sua obra ou atividade, tenham contribuído para o desenvolvimento da
cidade ou do Estado, sendo proposta pela presidente do conselho municipal dos
direitos das mulheres, em solenidade pública promovida pelo órgão.
Em 16 de abril de 2008, o
prefeito Carlos Eduardo Nunes Alves, através da Lei 5.855, alterou os
dispositivos da lei anterior e assegurou a composição do conselho, modificando sua nomenclatura para CMDM,
mudando sua estrutura, formalizando a
necessidade do regimento interno, constituindo–se em órgão colegiado, tendo
sido vinculado à Secretaria Municipal da
Mulher pela Lei complementar nº 122, de 29 de abril de 2011.
É um Conselho autônomo, deliberativo, normativo e consultivo e dentre suas
competências podemos registrar a formalização de diretrizes e monitoramento das
políticas públicas para as mulheres no âmbito municipal, sempre visando à
igualdade de gênero, raça, etnia e orientação sexual.
Propõe e acompanha projetos nos
diferentes órgãos do governo municipal, promove estudos, pesquisas, debates,
acompanhando programas de Governo relacionados às políticas públicas das
mulheres e os critérios para o emprego dos recursos. Analisa propostas
orçamentárias, anual e plurianual. Denuncia e recebe denúncias relativas à
discriminação contra as mulheres e violação dos seus direitos, dentre outros.
Em 2008, após diretrizes
recomendadas na segunda Conferência Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres,
foi regulamentado o processo de inscrição e cadastramento das entidades,
organizações e órgãos públicos que atuam em defesa dos direitos das mulheres, e
está constituído de 10 conselheiras
titulares e suplentes, representantes do poder público e 10 conselheiras
titulares e suplentes, representantes da sociedade civil.
Várias profissionais compõem o
colegiado, como assistentes sociais, engenheiras, juízas, advogadas,
jornalistas, funcionárias públicas, historiadoras, delegadas, professoras,
assessoras legislativas, etc. Ressaltamos como conquistas do movimento social:
a licença maternidade, as creches, o atendimento humanitário nas maternidades,
os centros de referência, a casa abrigo, a Lei Maria da Penha, as delegacias da
mulher, o presídio feminino com agentes penitenciárias, o regimento interno do
CMDM, além da participação efetiva em encontros, seminários e conferências
municipais, estaduais e nacionais onde somos ouvidas e respeitadas.
Na atual gestão, foram
realizadas e alcançadas as seguintes ações pontuais: a realização do plano
bienal, visitas constantes às instituições governamentais, entidades, ongs e
associações com assento no conselho, visitas às delegacias especializadas e
ações para sua reestruturação e acompanhamento de mulheres vítimas de violência
às delegacias, ainda que à noite e em fins de semana.
Participamos em todas as datas
comemorativas alusiva às mulheres e no projeto “Justiça na praça”, do tribunal
de justiça em parceria com a ABMCJ, com atendimento jurídico gratuito às
mulheres de menor poder aquisitivo e acompanhamos o trabalho realizado pelo
juizado especial de violência doméstica.
Com a aprovação de emenda proposta
pela vereadora Sargento Regina, o CMDM
obteve a dotação orçamentária anual para manutenção e funcionamento e a criação
da secretaria municipal da mulher, após consecutivos esforços dos movimentos
sociais.
Em 2012 o conselho foi
homenageado pela Câmara Municipal do Natal, após propositura também da
vereadora Sargento Regina, tendo as conselheiras da atual gestão recebido
diploma de honra ao mérito pelo serviço prestado em defesa das políticas
públicas para as mulheres, participando ativamente nas audiências públicas da
frente parlamentar de direitos humanos e frente parlamentar de enfrentamento à
violência e discriminação. Em 2012, por primeira vez, duas conselheiras foram
agraciadas com a medalha Nísia Floresta, Sandra
Lopes da Bemfam e Goretti Gomes,
do Gami.
Após ouvirmos um pouco da
história de Nísia Floresta, tão contemporânea, temos certeza que continuamos
seu trabalho e seu legado está presente em cada uma de nós na luta pela justiça
social e sem discriminação de qualquer natureza.
Quero agradecer e parabenizar a
todas as conselheiras do CMDM pela dedicação e empenho nas atividades do
conselho e parabenizar a todas as mulheres não só pelo dia de hoje, mas por
todos os dias.
Essas
que se embrenharam mata a dentro
E
se negaram aos colonizadores
Essas
que levaram chibatadas e fundaram quilombos
Essas
que pariram filhas e filhos e as que não pariram
Essas
que clamaram por escolas
E
derrubaram muros com pontas de dedo
Essas
que escreveram e as que nem assinavam o nome
Essas
que quiseram ser cidadãs e sonharam com todas votando
Essas
que ocuparam ruas e praças e as que ficaram em casa
Essas
que trabalharam nas fábricas e com enxadas no campo
Essas
que foram datilógrafas, secretárias, doutoras e lavadeiras
Essas
que não se comportaram bem e que tudo fizeram sem pedir licença
Essas
que desafinaram o coro do destino e abriram alas
Essas...
Somos nós.
Obrigada.
Lucineide
de Mendonça Freire
Presidenta
do CMDM
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